Capítulo I: Aequilibriu
Por dezenas de anos seguiu-se a Era da Restauração. Lorde British cumpria sua missão como esperado por seus súditos, Jason II seguia em diversas viagens pelas cidades de Britannia sob a tutela de seu pai. Aos poucos os cidadãos retornavam a suas vidas normais e o mundo conhecera a paz novamente. O comércio tornara-se mais intenso do que nunca e assim Trinsic se tornou o maior centro de troca, venda e compra, muitos nobres se mudaram para esta cidade dourada atraindo mais movimento para lá.
Como previsto por Hades, British e Blackthorn estavam lentamente trazendo o equílibrio de volta ao mundo. Mesmo com toda a paz atingida, os conflitos entre o Caos e a Ordem ainda existiam. Mas era estranho, pois Blackthorn não mais investia severamente contra British e ambos conheceram um pouco de paz, privilégio que nunca tiveram em suas vidas!
Até mesmo elfos e humanos estavam se relacionando melhor do que costumavam. O jovem Turuhan, que manteve a extinta Universidade Hellfire existindo por muito tempo, convivia agora nos corredores de Wind e se maravilhava com o estilo de vida élfica. E a admiração que ele possuia era recíproca; Muriel, o príncipe de Wind, concedera ao lendário ferreiro o título de cidadão honorário. Em seguida, Muriel apresentou a Turuhan uma sala de encantamentos e desta forma o honorário cidadão pôde aprender inúmeras coisas novas.
Infelizmente, a relação dos humanos e elfos com os orcs não se alterava… e Wind foi atacada por estas terríveis criaturas. O mensageiro orc anunciou que se a cidade não entregasse o Martelo Encantado ela seria destruída! Sem tempo de buscar ajuda em Britain, Muriel procura Turuhan, que nada sabia sobre o tal Martelo, e lhe confia tal artefato, instruindo-o que fugisse e nunca mais voltasse a Wind, mesmo se a batalha fosse ganha! Turuhan com os olhos lacrimejando então desaparece em Britannia.
Os elfos foram capazes de derrotar os orcs com muito esforço… infelizmente o reforço mandado por British chegara tarde e eles puderam apenas ajudar na reconstrução da cidade e no tratamento dos feridos. E assim mais uma prova de que o equílibro existia mostrava aos humanos que sua escolha perante Hades foi a melhor possível.
Capítulo II: Serenidade
Blackthorn agora estava muito filosófico e mais sábio. Ele sabia que seus poderes se equiparavam aos de British e finalmente após tantos anos de conflitos e batalhas vãs fizeram com que o senhor de Serpent’s Hold visse que esta disputa não levaria a nada além da destruição mútua desses dois lendários rivais, tidos por muitos como a própria encarnação do Bem e do Mal em Britannia.
Este novo estilo de vida era estranho para Blackthorn, em toda sua vida ele não conhecera nada além da guerra. Claro, ele continuava a recrutar e converter novos seguidores, organizava seus exércitos ao lado de Etarak e continuava treinando incessantemente… mas agora não havia mais as batalhas. O Caos se preparava, treinava e crescia mas não havia um objetivo claro ou próximo, e a falta de conflitos dava a Blackthorn muito tempo livre. O antigo Cavaleiro do Apocalipse, encontrando-se com jovens simpatizantes de sua causa estava aprendendo coisas novas, não eram apenas lutadores que se juntavam a Blackthorn, mas muitos estudiosos e intelectuais que não concordavam com a forma de governo de British acabavam renunciando suas origens. Aquilo só confundia Blackthorn ainda mais, pois ele não conseguia entender muito bem os conceitos de ideais, revolução ou transformção… ele desejava apenas a destruição de tudo o que Lorde British construira. Mas os estudiosos agora também frequentavam Serpent’s Hold, e mesmo que seu mestre não entendesse muito bem seus estilos de vida eles o admiravam. Tementes de Deus Blackthorn não mais eram vistos apenas como assassinos e criminosos crueis, esse fluxo contínuo de pessoas mostrava ao mundo que Blackthorn e British poderiam coexistir.
Mas Blackthorn continuava fanático por um ideal, tornar-se forte! Sua morte mostrara que apesar dos poderes fornecidos por seu deus ele não era imortal e não era o mais poderoso de todos. Não passava um dia que ele não sentisse raiva por sua ressurreição ter sido uma obra indireta dos cavaleiros da Ordem, mas de forma contraditória ela achava que devia um favor a eles. E assim Blackthorn permaneceu em grande conflito com sua própria mente por muito tempo, ele estava tornando-se um homem com muita cultura e novos conhecimentos sobre política e comércio, paralelamente seu exército estava se fortalecendo como nunca e as novas visões que Blackthorn possuiam influenciavam no grande desenvolvimento de Serpent’s Hold e da ideologia do Caos.
Capítulo III: A Peste
Perante a maior e mais pacífica era de todas, Zeus, Poseidon e Hades reuniram-se. Os três deuses estavam contentes com os rumos que Britannia tomara e queriam de alguma forma manter tudo aquilo. Resolveram então criar seres que seriam responsáveis por tomar conta daquela paz, assim surgiram três semi-deuses chamados de seraph e sob o comando destes semi-deuses seriam criados os anjos. Estes anjos seriam homens e elfos que em suas vidas espalhavam a bondade e possuiam um espírito nobre, após suas mortes seriam acolhidos pelos seraph e transformados em anjos, mensageiros da paz que deveriam guiar os vivos.
Enquanto isso, Killdain e seu filho Mondain viram uma chance única. British e Blackthorn permaneciam pacíficos mas ainda eram inimigos, então a insana dupla acreditava poder se lançar em Britain sem que ninguém pudesse detê-los.
Muitos de seus discípulos passaram anos percebendo a loucura de Killdain e Mondain e foram aos poucos abandonando seus mentores. O principal e melhor mago que os abandonou foi Hol, que logo viria a se tornar mestre ao continuar seus estudos em Trinsic.
O principal projeto de Killdain foi o que espantara quase todos os seus seguidores, junto de seu filho ele planejava um grande mal que iria assolar Britannia. Killdain também procurava um lendário artefato chamado Gema da Imortalidade, que seria capaz de fornecer ao seu portador e usuário grandes poderes e principalmente imortalidade.
Mondain interessava-se muito pela Gema, mas seu pai nunca revelara nada sobre ela e os conflitos entre os dois aumentava. Então, Mondain não mais conseguiu resistir às tentações e atacou cruelmente seu pai! Uma rápida batalha aconteceu, pois Killdain já era idoso e não conseguiu equiparar os poderes de seu jovem filho. Antes de morrer, Killdain revelou a Mondain tudo o que ele queria… como ele poderia encontrar a Gema da Imortalidade. A Gema não estava inteira, ela encontrava-se dividida em oito fragmentos e apenas unindo-os seria possível utilizar seu poder, e a mestre em ciências médicas Andriel, irmã do príncipe de Wind Muriel, era a única que sabia do paradeiro dos oito fragmentos.
Então Mondain partiu em busca de Andriel, e ao encontrá-la lançou nela uma terrível doença que a consumiria lentamente até que ela revelasse a localização dos fragmentos… era este o grande mal que Killdain criara, a Peste. No entanto Andriel resistiu a esta enorme tortura até o fim.
Alguns anjos ficaram encarregados de curar Andriel e influenciar os poucos seguidores de Mondain que restavam, um grupo denominado Generais do Apocalipse.
Andriel, com medo de contaminar outros seres se isolou em uma cabana próxima a Wind, enviando uma mensagem a Lorde British e em seguida usou todos os seus conhecimentos para manter sua doença em seu corpo. Após muita procura Andriel não resistiu e sucumbiu à peste, e sem os seus poderes aquela moléstia se espalhou por toda brittania, os anjos haviam falhado em sua missão.
Este foi o episódio que fez com que elfos e humanos cortassem relações diplomáticas. Muriel cheio de raiva com a incompetência dos homens de British e com a falta de preocupação dos humanos nunca mais pisou em Britain ou quaisquer outra cidade seguidora da Ordem.
Mas este era o menor dos males em Britannia, parecia que aquelas terras não mereciam viver em paz por muito tempo. Destruição e terror aparentavam fazer parte do destino de Britannia e mais uma vez o caos se espalhava, começava a Era da Peste, a praga se alastrava e pilhas de corpos eram queimadas todos os dias em uma dolorasa rotina. A fome crescia com a contaminação de hortas e animais e British desesperava-se sem saber o que fazer.
Capítulo IV: As Facções
Assim, Mondain e seus seguidores ascendiam em Britannia. Muitos dos conservadores cavaleiros do Caos, insatisfeitos com o pacíficio reino de Blackthorn, uniram-se ao maléfico mago. Agora eram os Generais do Apocalipse que representavam o medo em Britannia, e até mesmo Blackthorn desejava combatê-los. Era necessário impedí-los antes que Mondain criasse seus próprios reino e exército, British e Blackthorn ainda eram as maiores potências bélicas.
No entanto, foi Lorde British quem tomou o primeiro passo. Vendo a ascenção do mal dentre seus próprios seguidores e a conversão de muitos em Britain, British decidiu que algo deveria ser feito a partir de sua cidade. Para ele, qualquer seguidor da Ordem sabia identificar o mal e por sua crença nas virtudes seria capaz de combatê-lo… desta forma um decreto de British entraria em vigor, a Nova Ordem.
Tal decreto permitiria o ingresso de qualquer um que possuísse a personalidade requirida pelas virtudes na guarda, recebendo um escudo com o emblema de British, a serpente de prata; a desonra deste emblema poderia ser julgada e condenada; qualquer um poderia reinvidicar uma recompensa por um criminoso procurado ou até mesmo pego em flagrante. Então Lorde British lançou sua nova lei pretendendo que aqueles que tivessem inclinação ao mal fossem identificados em Britain antes de sua completa conversão. Quando anunciada aos portões do castelo de British a maior parte da população comemorou clamando o nome de seu governante!
Logo a notícia da instauração da Nova Ordem espalhou-se por Britannia deixando diversos seguidores de Lorde Blackthorn descontentes, pois agora qualquer cidadão do governo de British poderia executar, protegido pela lei, alguém que fosse considerado um criminoso.
Lorde Blackthorn irritou-se profundamente e não acreditava que um governo deveria dizer à sua população como se comportar, cheio de raiva ele levantou-se de sua cadeira atirando alguns objetos por sua sala. Então Blackthorn controlou sua raiva e pensou o que poderia fazer, como ele já havia percebido não era sábio confrontar British diretamente, ainda mais com a existente ameaça que Mondain representava. Lorde Blackthorn resolvera então também criar sua própria lei, assim ele pretendia opor-se a British sem conflitos e ao mesmo tempo se fortalecer para combater Mondain. Estava lançada então em Serpent’s Hold a Virtude do Caos, baseada no livre arbítrio e capacidade de juízo do que é certo e errado para si próprio.
A partir da criação da Virtude do Caos, Lorde British e Lorde Blackthorn sem nenhum acordo político ou apoio diretos acabaram se tornando aliados, pois possuiam um inimigo em comum, Mondain. As mílicias de ambas facções não se confontravam em seus eventuais encontros, mas eles caçavam piamente todos os Generais do Apocalipse e finalmente os poucos descontentes cavaleiros da Virtude do Caos acostumados com as guerras estavam voltando a amar seus ideais.
A desorganização e insanidade de Mondain não permitiram que suas forças fizessem frente aos exércitos da Nova Ordem e da Virtude do Caos, rapidamente os Generais do Apocalispe eram eliminados e os poucos sobreviventes começaram a se refugiar!
O louco Mondain passou a combater sozinho os grupos de cavaleiros que o encontravam, seus grandes poderes mágicos foram os responsáveis por inúmeras mortes e muitos o temiam… mas era apenas uma questão de tempo até que ele fosse derrotado, pois ele estava sozinho. Assim, um jovem seguidor da Virtude do Caos equipado com algumas simples armas foi capaz de tirar a vida de Mondain acabando com suas ambições, aquele jovem desconhecido então desapareceu e nunca mais foi visto pois ele não retornara com seu exército para Serpent’s Hold. Mesmo com a morte de Mondain, alguns poucos Generais do Apocalipse permaneciam escondidos e com os loucos ideais de seu mestre, mas o grupo estava muito enfraquecido e escondidos eles continuariam por muitos anos.
Capítulo V: Eruptione
Após a morte de Mondain e antes de desaparaçerem da vista da população, os Generais do Apocalipse ainda causaram uma última calamidade.
Hol, ao fugir da torre de Killdain levara consigo o jovem Mhura e assim eles continuaram seus estudos na cidade de Trinsic, onde Hol tornara-se um mestre adotando Mhura como discípulo.
O sábio Hol era um mestre muito severo e dava duras lições ao seu melhor discípulo. Apesar de o sol ainda despontar na parte mais alta de sua trajetória, muitas horas de estudos já haviam se passado e Mhura implorava por alguns minutos de descanso. Tendo consciência do grande esforço e talento de Mhura, mestre Hol lhe forneceu pouco menos de uma hora para que ambos pudessem almoçar e descansar.
Após uma grande refeição na melhor taverna de Trinsic, Mhura retornou à loja de magia de Hol para que pudesse descansar no tempo que lhe restava até que as lições fossem retomadas. Ele estava dormindo por cerca de um quarto de hora quando seu mestre o sacudiu chamando seu nome:
– Mhura, levante-se! Vá lavar seu rosto e me encontre na biblioteca.
O pupílo apressou-se e logo já estava na biblioteca. Hol encontrava-se um pouco ocupado com algumas correspondências e seu aprendiz sempre ávido por conhecimento começou a olhar alguns livros. Um belo grimório de capa verde e símbolos desconhecidos adornado com detalhes dourados lhe chamou atenção em uma prateleira lacrada com uma forte magia.
Hol deixou sua mesa e caminhou até seu aluno, Mhura curioso e já estendendo sua mão em direção ao livro perguntou:
– Mestre, o que seria este belo livro?
Hol lhe respondeu:
– Não ouse tentar encostar neste livro meu tolo discípulo! Este grimório pertencia a Killdain e contém grandes poderes e magias indecifráveis até para mim.
Hol não percebera pois já caminhava de volta para sua mesa, mas Mhura continha em seu rosto um forte olhar curioso, que viria a culminar em desastre…
As aulas de Hol continuaram normalmente em seu forte rítimo nas semanas que se seguiram, no entanto a rotina de Mhura foi alterada por ele mesmo! Mhura escondia seus verdadeiros ideais de seu mestre, ele ainda adorava Mondain e saber que existia um livro de seu ídolo era algo que o deixara animadíssimo. Ele precisava ler aquele livro. Em seus poucos momentos de descanso o aprendiz pesquisava por toda a biblioteca de seu mestre sobre magias e feitiços de lacre. Hol sabia que Mhura estava abdicando seu repouso em pról de mais estudos, mas ele acreditava que finalmente seu estudante havia percebido a seriedade das lições e agora dedicava-se integralmente. Sua afinidade com Mhura o cegou da realidade.
Certo dia o mestre Hol, por já ter convivido com Killdain e Mondain, fora convocado por British para auxiliar nas investigações e na procura do insano Mondain. Hol compareceu prontamente ao castelo de British e permaneceria distante de sua loja em Trinsic por algumas semanas. Ele deixou instruções claras para que Mhura não tocasse nem utilizasse nada do inventário da loja, que apenas tomasse conta dela continuando suas tarefas rotineiras.
Nos primeiros dias foi muito fácil para Mhura se conter, uma vez que ele ainda estudava as magias de lacre por todo o tempo que conseguia arrumar entre uma tarefa e outra. Ao final da primeira semana Mhura já estava fazendo diversos experimentos e acreditava ter dominada a arte de lacrar e deslacrar utilizando magia, ele estava cada vez mais próximo de libertar o poder de Mondain contido no Grand Grimoire.
Na oitava madrugada após a saída de seu mestre, Mhura se dirigiu à biblioteca com algumas anotações em mãos. Com uma adaga ele fez um pequeno furo em seu indicador esquerdo, em seguida desenhou um símbolo em torno do trinco da estante onde se encontrava o Grand Grimoire e pronunciou as seguintes palavras do feitiço mais podereso que ele conseguiu criar: “An Sanct Rel Ex!”
O selo fora enfraquecido! Furioso por não ter sucedido na primeira vez, Mhura fez um profundo corte em sua mão esquerda e jogou mais do seu sangue e novamente disse o feitiço, porém com um tom muito mais alto do que antes: “AN SANCT REL EX!!!” causando assim um pequena explosão que deixou a estante em pedaços, porém o Grand Grimoire encontrava-se intacto e sem obstáculos entre este e Mhura.
Mhura estudou o Grand Grimoire por algumas horas e logo se empolgou com tudo o que aparecia diante de seus olhos a cada página virada, mesmo que ele conseguisse compreender apenas um quinto do que lia. Os raios de sol começavam a tomar conta do ambiente e Mhura tentava encobrir seu rosto para se concentrar no Grand Grimoire, logo os berros do comércio o deixavam ainda mais impaciente pois ele não conseguia se concentrar. Mhura apressou-se para sair da cidade e procurar um local quieto, sua excentricidade o levou até Fire Dungeon, local onde ele ia apenas com seu mestre para treinar magias ofensivas.
Por todo o caminho Mhura lia aquele grimório acariciando sua bela capa verde feita com couro de dragão e ao chegar em Fire Dungeon ele logo quis experimentar algumas poucas palavras que ele compreendera até então: “IN UUS VAS FLAM”
Aquelas seriam suas últimas palavras, e seriam também as causadoras de uma grande tragédia. Um grande estrondo fez o chão trepidar e chamou a atenção de Mhura para seu lado direito, alguns segundos depois uma grande muralha de fogo surgia das profundezas de Fire Dungeon engolindo o tolo Mhura…
Capítulo VI: A União, Deuses e Humanos
O enorme barulho foi escutado a muitas milhas de distância, no entanto a maioria dos que o perceberam acabaram ignorando-o, acreditando que era apenas uma tempestade comum que se aproximava. Estes não estavam muito longe da verdade, seria sim uma tempestade, mas ela poderia ser qualquer coisa, menos comum!
Uma chocante cena acontecia, Fire Dungeon estava transbordando em fogo, como uma enorme caldeira pronta para explodir.
Talvez por alguma influência dos anjos ou pela simples sorte, muitos militares espalhados por Britannia perceberam a catástrofe que estava por vir. Então, na maior parte das cidades decretou-se emergência e as autoridades esforçavam-se para evacuar os locais mais perigosos. Muitas resistências foram encontradas neste processo, mas ao fim todos deixaram suas casas em busca de proteção.
Logo, a enorma coluna de fogo começou a se espalhar por Britannia destruindo pequenos vilarejos e várias construções nas maiores cidades. Muitos morreram na tentativa de escapar, felizmente a visão dos militares tida depois como milagre foi capaz de salvar a maioria dos habitantes de Britannia.
Mestre Hol, de alguma forma sabia que o responsável por aquela catástofre era seu discípulo Mhura… e só agora ele podia perceber que o fanatismo por Mondain ainda existia naquele tolo jovem, Hol sentiu-se também responsável e assim convocou seus maiores poderes para tentar evitar que a catástofre continuasse. Tentando conter a lava, Hol fez com que ela fosse consumida pela terra, mas seus primeiros esforços foram em vão. Os deuses perceberam que aquele homem sozinho nada conseguiria, assim Poseidon utilizou-se de seu poder sobre os oceanos para auxiliar o mago Hol, que estava tentando feitiços para resfriar o vulcão. Poseidon permitiu que as águas dos oceanos invadissem o continente para auxiliar Hol.
O apoio de Poseidon permitiu o sucesso de Hol, transformando o enorme vulcão em uma rocha que em seguida, com a ajuda dos poderes de Zeus e Hades foi consumida e selada abaixo de Britannia.
Algumas dezenas de anos se passaram até que as cidades começassem a tomar forma novamente e Britannia mais uma vez passara por uma fase de restauração. Os mineradores começaram a achar um estranho fragmento em suas intermináveis buscas por material para reconstruir seus bens e suas cidades.
Estes fragmentos de cor alaranjada foram reconhecidos como um minério jamais visto antes e era possível forjar a mais variada gama de diferentes itens tais como armaduras e armas.
Os sábios estudaram sua composição e concluiram o que muitos desconfiavam, estes fragmentos eram os vestígios do grande vulcão que devastara inúmeros acres de terras por Britannia e achá-lo era muito díficil, tendo em vista que apenas um vulcão os havia gerado… tal minério passou a ser chamado de Vulcan!