Capítulo I: Um Novo Começo
A natureza tinha finalmente cobrado seu preço, nunca mais os Cavaleiros Elementais foram vistos e assim as lendas começaram a surgir. Os esforços dos mais bravos em encontrar os Cavaleiros, ou pelo menos suas Armaduras, foram em vão. Lentamente Sosaria começou a se curar, Lorde Blackthorn nunca mais foi visto, apesar de seus seguidores sempre afirmarem que ele está em sua fortaleza intransponível… o que é certo é que suas maldades ainda rondam o mundo. Lorde British também nunca mais apareceu nos anais, e quem reina hoje é seu filho Jason British II, que também passou a ser chamado de Lorde British. Igualmente, os outros cavaleiros nunca mais foram vistos.
Durante muito tempo tudo isso permaneceu uma lenda, um conto para crianças, não passavam de escritos antigos cheios de paixão, mas as cicatrizes ainda existem. As guildas começaram a se misturar com novas que não paravam de surgir, o mundo mudara. Enquanto pessoas morrem, outras nascem, heróis se foram e outros apareceram, mas as dúvidas continuavam: onde estão os Cavaleiros? E suas Armaduras? Eles podem voltar?
Só se tinha a certeza de que se as Armaduras e seus Cavaleiros ainda existissem em algum local sombrio, seus poderes estariam reduzidos de tal forma devido ao colapso que não mais seriam capazes de influir nos elementais. Mas talvez, e apenas talvez, reste um pouco da essência do que um dia já foram. De qualquer forma, aquelas armaduras ainda seriam as melhores e mais poderosas já feitas, pois foram forjadas pelos punhos dos deuses.
Uma ameaça estava sendo criada, o Deus Blackthorn estava contido por Aniduum, mas seus seguidores não paravam de crescer. Eles viriam para suas Armaduras novamente, e com elas tentariam dominar Sosaria.
E desta vez Aniduum não teria com impedir. Seriam os humanos que teriam a tarefa de defender o mundo, seriam eles que mostrariam a Aniduum que ele não perdeu seu tempo os criando, honrando tudo que ele fizera pelos humanos.
Começava mais uma era, a Era de Britannia. Em homenagem a um novo começo e ao seu antigo governante, Sosaria havia sido batizada de Britannia agora com Jason British II no trono. O novo Lorde British agora carregava o fardo de seu pai, e sabia que a única forma de manter novas ameaças era encontrando as Armaduras Elementais antes dos seguidores de Lorde Blackthorn, uma nova e épica batalha estava prestes e despontar.
Capítulo II: Em Busca da Lenda
A Era de Britannia parecia não ser verdade! Apesar de assassinos e ladrões ainda existirem em grande quantidade, eles permaneciam em suas cidades sem lei, e importunavam apenas àqueles que se aventuravam fora do alcançe dos braços de British II.
Graças a ausência de Lorde Blackthorn, seus seguidores estavam desamparados e não mais conseguiam se organizar de forma eficiente e capaz de combater as tropas da Ordem. Este foi o maior dos motivos para a enorme adoração que o povo tinha de British II e a Era de Britannia.
Jason British II sentia-se regozijado por seu reinado próspero e pacífico. Sua maior preocupação, que não era grande ameaça a seu governo, eram tribos de orcs e pequenos ataques de monstros remanescentes da grande algazarra causada por Deus Blackthorn. Nada que seus cavaleiros da Ordem não pudessem combater sem maiores dificuldades.
Durante esta era houve inúmeras tentativas de invasões de assassinos seguidores de Lorde Blackthorn, eles tentavam penetrar em Britain pela ponte oeste da cidade, local mais desprotegido e com menos guardas. Estes assassinos também possuiam um enorme desrespeito por aqueles que haviam partido para conhecer os Campos Elísios nos domínios de Hades e frequentemente invadiam o cemitério da gloriosa capital.
Os próprios habitantes de Britain e adoradores de Aniduum defendiam sua cidade, e quando suas forças eram insuficientes os criminosos sentiam a fúria da guarda real.
Tais fatos levavam Jason British II a acreditar que seu governo era melhor que o de seu pai, e que talvez ele próprio fosse um homem melhor. Apesar da excelente educação que ele recebera e a constante influência de Aniduum, British II era apenas um humano… tão suscetível às tentações como qualquer outro que caminhasse nos solos de Britannia. E o poder dele o enchia de orgulho próprio e a cada dia ele acreditava mais e mais ser o verdadeiro escolhido de Aniduum como messias de Britannia. Mas esses pensamentos permaneciam ocultos em sua mente e ele continuava seu reinado da forma que seu pai ensinara, pois seu amor paterno não iria se alterar devido a tais idéias.
Jason British II passava muitas horas de seus dias em bibliotecas, estudando as histórias de sua família e cidade. Seu fanatismo e preocupação pela Lenda das Armaduras Elementais eram enormes, seu medo de que os desorganizados seguidores de Blackthorn encontra-se ao menos uma daquelas lendárias Armaduras o fez tomar uma importante decisão… encontrá-las antes de qualquer outro em Britannia. Desta forma ele enviou seus mais fiéis guerreiros em busca de pistas e em viagens sem destino por Britannia.
Capítulo III: A Lenda se Espalha
Etarak era o maior e melhor general sob o serviço de Lorde Blackthorn, e foi a ele que a grande maioria dos seguidores do Caos recorreu com o desaparecimento de seu mestre. Etarak, treinado apenas em artes militares, não soube manter os adoradores de Blackthorn unificados por sua falta de habilidade na política, sendo este outro dos motivos da desorganização deste grupo.
De qualquer forma, os mais fortes guerreiros e os mais fanáticos seguidores de Blackthorn permaneciam junto de seu general em Serpent’s Hold, e deles partiria o plano de ir em busca das Armaduras Elementais.
Foram estes fanáticos, conhecedores da lenda das Armaduras Elementais, que organizaram missões de espionagem no governo de British II para que fossem adquiridas o máximo de informações possível na missão de busca das Armaduras. Tais espiões foram totalmente eficientes e tudo o que Jason II descobria era logo repassado a Etarak, que escolhia e enviava seus guerreiros aos locais em que encontravam-se os homens de British II.
Não tardou para que a lenda se espalhasse, logo as notícias de que diversos guerreiros buscavam as Armaduras Elementais e seus Cavaleiros espalhou-se por toda Britannia, consequentemente ainda mais aventureiros acreditavam estar no direito de possuir tais Armaduras… alguns mais experientes e outros apenas fracos demais para enfrentar as adversidades do mundo selvagem.
Capítulo IV: Grandes Mestres Surgem
A atual era, considerada a mais pacífica de todas, permitiu o desenvolvimento de cidades e raças espalhadas por Britannia. Novos pensamentos e estudos surgiam por todo o mundo. Os elfos faziam incríveis descobertas sobre a natureza, estudavam a evolução e as ciências médicas. Os primeiros mestres curandeiros e primeiras curanderias eram élficas, alguns humanos que conseguiram conquistar a simpatia élfica foram muito felizes pois com eles aprenderam diversas artes ligadas às naturezas.
O intercâmbio cultural continuava bilateralmente entre humanos e elfos. Os humanos, mais ligados ao que era material, desenvolviam tecnologias e um íncrivel manejo dos mais diversos materiais encontrados na natureza, e desta forma também as compartilhavam com os elfos.
Os orcs, sempre muito violentos, aperfeiçoaram suas habilidades como ferreiros e mineradores e os humanos com sua enorme capacidade de aprendizado foram capazes, através do estudo, de absorver tudo o que os orcs criavam.
Grandes nomes da história nasceram ou se destacaram nesta época. A família Mesiac por exemplo, começou a se lançar em Britannia, partindo de Moonglow. Os homens desta rica família eram conhecidos por sua dedicação e curiosidade, e em sua maioria seguiam o ramo da astrologia passando a maior parte de suas vidas estudando e olhando para os céus.
O nobre Midas, voltava seus estudos para a alquimia. O principal foco de seus experimentos era a transformação e manuseio da matéria. Dizia-se pelos cantos que ele fora capaz de converter simples metais em ouro e que sua habitação era um castelo áureo.
Um dos grandes feitos de Jason British II foi a criação da Universidade HellFire, local onde nobres habitantes podiam se tornar mestres nas mais diversas artes e estudos. Havia também a oportunidade de aperfeiçoamento em habilidades bélicas.
Um dos mais importantes alunos da Universidade foi Turuhan, pois era graças às suas invenções e as de seu amigo Ragnar que a Universidade se mantinha de pé mesmo sendo o alvo de inúmeras críticas negativas. Turuhan era o melhor ferreiro que se conhecia em Britannia e suas armaduras equipavam os exércitos existentes na época. Quando a Universidade foi extinta e Turuhan não mais possuia importância, ele recorreu ao príncipe Elfo de Wind para pedir asilo em sua cidade, que acabou por aceitar seu pedido.
As mulheres também passaram a ocupar importantes cargos e o preconceito diminuia a cada dia. A feiticeira Elén, por alguns anos considerada a melhor guerreira entre centenas de homens do exército de Jason British II foi elevada ao cargo de capitã e possuia sua própria milícia. Elén era responsável por fazer viagens por toda Britannia em busca de focos de conflitos, e sua tarefa era eliminá-los ou então informar o reino sobre o que ela encontrava. Até que chegou o dia em que Jason British II percebeu que a milícia de Elén gastava uma enorme quantidade de recursos materiais por causa de suas viagens, e a enviou em uma última missão, que era considerada por muitos como sendo suícida… invadir a cidade de Delucia e eliminar uma guilda interia de assassinos.
Revoltada com esta ordem e por ser enviada a um local remoto de Britannia, Elén acabou se juntando aos assassinos de Delucia e convertendo sua milícia para suas crenças, e assim lá ela permaneceu como governante e em posição neutra por muitos anos. Jason British II acreditava que sua missão havia sido bem sucedida e que em seguida ela e a maior parte de sua milícia haviam morrido para adversidades que pudessem ter encontrado no cmainho de volta, pois não se teve mais notícias de Delucia.
Um implacável assassino ganhou toda sua fama durante estes tempos pacíficos! Acanthus era o único criminoso procurado pelas tropas de British II que nunca foi capturado, ele era também o único real temor que a maioria das pessoas possuia. Acanthus era um bárbaro que vivia sempre isolado em locais selvagens, vivia como nômade e após alguns anos espalhando terror com seus brutais assassinatos ele desapareçera.
Por fim, um dos mais famosos humanos que apareceu nesta pacífica época foi o poderoso mago Mondain. Ele em nada acreditava e nada seguia, nem mesmo as crenças dos deuses Aniduum e Blackthorn o faziam ser temente. Na morada de Mondain e de seu pai e mestre, localizada na fortaleza Terathan, os estudos deles permaneciam um mistério até mesmo para seus pupilos. Sabe-se apenas que o pai de Mondain faleceu e ele continuara seus estudos em segredo, sua forma de vida confinada fez com que cada vez se soubesse menos sobre sua vida, e assim mais um grande mestre desta época caiu no esquecimento.
Capítulo V: Rumo à Épica Batalha
Todo este desenvolvimento e a ascenção das mais brilhantes mentes permitiu uma rápida e incessante busca pelas Armaduras Elementais e seus Cavaleiros. Descobriu-se o paradeiro de seis dos oito cavaleiros, e como suspeitava-se eles haviam sucumbido na Guerra Elemental. No entanto, o grande poder de suas Armaduras permanecia ativo e seus corpos, apesar de mortos, ainda serviam como combatentes que eram controlados pelo poder dos elementais.
A príncipio, os seguidores de Blackthorn e de Aniduum pretendiam proteger os cavaleiros que lutavam por suas respectivas causas, no entanto a descoberta de que seus Cavaleiros estavam mortos a cobiça começou a mudar estes objetivos. Então, guerreiros de ambos os lados passaram a se aventurar em busca das Armaduras pertecentes ao lado oposto.
Não tardou para que esta busca tola fosse responsável pela corrupção das fracas e ambiciosas mentes humanas. Assim, seguidores de Aniduum voltavam-se contra seus próprios guardiões, da mesma forma que ocorria entre os Cavaleiros do Apocalipse.
Instaurou-se assim um enorme caos, onde não se sabia mais quem era oponente e quem era aliado… não sabia-se sequer se existiam aliados. As tropas de Jason British II encontravam-se divididas e inúmeros grupos formavam-se, cada um indo em busca de uma Armadura diferente.
Pouco a pouco, os enfraquecidos corpos já falecidos dos cavaleiros elementais sucumbiam definitivamente ao egoísmo e ganância humanas. Seus poderes reduzidos devido ao confronto elemental e sua enorme desvantagem numérica não davam chance de sobrevivência. E mesmo assim a batalha não terminava… os que restavam vivos na luta pelejavam entre si até que sobrasse apenas um. AS duas últimas Armaduras a serem encontradas foram a da Vida e da Morte, nenhum corpo foi achado. Desta forma novos homens eram agora donos das Armaduras da Vida, Ordem, Água, Ar, Morte, Caos, Fogo e Terra. Eram eles respectivamente Analfa, HellBastard, Storm, Mutilador, Morte, Ikki, Grec e Right.
Assim terminava uma nova épica batalha, uma era manchada pela ganância dos homens. Era impressionante como Armaduras tão poderosas não puderam resistir às investidas, muitos anos se passaram até que se descobrisse o paradeiro delAs… e poucas foram as horas que resistiram ao poder da raiva e egoísmo daqueles que as cobiçavam. Os novos donos das Armaduras rapidamente sumiram do cenário mundial, escondendo-se do público e mantendo as Armaduras Elementais guardadas, uma vez que eles sabiam que seriam condenados por suas atitudes.
Jason British II decretou estado de luto em todas as cidades que o reconheciam como rei e passou a ficar constantemente desolado… podia-se perceber que ele já não estava mais em condições de governar todas àquelas terras sob o domínio de Britain. Toda aquela nova esperança um dia depositados em seu novo reino parecia haver sido destruída junto com os cavaleiros elementais.
Capítulo VI: O Governo do Caos
O caos toma conta do mundo, o desequelíbrio é causado pela retirada das Armaduras Elementais de seus respectivos Santuários e a morte de seus Cavaleiros. Os vivos e as almas vagam juntos pelo mundo que se torna cada dia mais insuportável, medo e desconfiança nunca foram sentimentos tão fortes e enraízados nos corações das pobres criaturas que agora matam umas as outras devido a insanidade gerada pela situação.
No entanto, ainda existiam homens capazes de perceber o que acontecia neste momento tão caótico. E eles sabiam que encontrariam ajuda apenas dentre as 3 entidades divinas criadas por Aniduum: Zeus, que comanda o céu e o tempo; Poseidon, responsável pelos mares e oceanos e Hades, que cuida do destino das almas que um dia possuiram vida. Eles foram criados com sentimentos e fraquezas humanas, para que não ocorrese o mesmo que aconteceu com Deus Blackthorn. Estes seres sempre serviram de guias para os humanos sendo um dos últimos suspiros do Deus Aniduum. Deve-se recorrer a eles mais uma vez.
Existe apenas um homem capaz de restaurar a vida no planeta e unificar as pessoas que restaram para reconstruir uma verdadeira nova Britannia, o Lorde British I. Perante tal situação em que Lorde British encontrava-se morto, rapidamente os homens que tentavam fazer algo para salvar o mundo deduziram a quem deveriam recorrer: o senhor do mundo dos mortos, conhecido como Meikai, o grande Hades.
Hades tem o poder de manipular livremente a vida e a morte de qualquer ser inferior a um semi-deus que ande pelo mundo. Apesar de sua fama de austero e impiedoso, insensível a preces ou sacrifícios, intimidativo e distante, Hades é um amante da vida do planeta e das criaturas que nele habitam possuindo um grande respeito por elas e algumas vezes até mesmo atendendo a seus pedidos de forma piedosa.
Capítulo VII: O Reino de Hades
A prova da piedade de Hades está na história de um certo homem chamado Orpheus. Sua mulher morrera por causa de uma mordida de cobra, Orpheus então desceu ao Meikai para implorar a Hades que fornecesse vida novamente ao corpo de sua amada. Devido às belas músicas que Orpheus tocava, Hades comoveu-se e deixou-se ser convencido por ele, porém impôs uma condição: no caminho de sua volta ao mundo dos vivos, Orpheus não deveria olhar para trás em momento algum. Ao estarem muito próximos de seu destino, Orpheus acabou desobedecendo esta condição levando a uma segunda morte de sua esposa. Até hoje ele fica ao lado de sua esposa tocando e cantando belas canções para sua amada.
O problema que causa a intimidação gerada por Hades é culpa dos próprios humanos, pois ao descobrirem que Hades era capaz de manipular a vida, os homens logo encheram seus olhos de ganância e seus corações com a vontade de realizar um velho sonho: a vida eterna!
Pensando nesta possibilidade, muito se estudou sobre o Meikai, pois os homens queriam de alguma forma entrar vivos lá para persuadir Hades a apoiar seus interesses. Após entrar no Meikai, para se chegar à ilha principal, é necessário atravessar o rio Acheron, e, para isso é preciso convencer o condutor de balsas Charonte a levá-lo ao outro lado ou então aguardar eternamente por uma outra oportunidade. Diz a lenda que Charonte só transporta os que lhe pagam a devida quantia. Existe também um poderoso guardião chamado Cerberus, ele nada fazia àqueles que adentravam o mundo de Hades, mas pobres as almas e seres que tentavam sair e por ele não passavam. Os irmãos Hypnos e Thanatos vagam pelo Meikai também com a função de vigiá-lo e protegê-lo, Hypnos possui poderes relacionados ao sono sendo capaz de colocar qualquer criatura em estado de sonolência, e Thanatos é a própria personificação da morte. Talvez um dos seres mais perigosos que podemos encontrar no reino de Hades seja Cronus, possuidor de uma poderosa arma, a Foice de Adamantine, ele vaga pelo Tártaro.
Foram criadas inúmeras mílicias e exércitos para entrar de alguma forma em Meikai para forçar Hades a dar vida eterna ao homem. Mas é claro que estes grupos formados encontraram um pequeno problema… não se entra vivo no Meikai, pois afinal, o Meikai é o mundo dos mortos, as almas das pessoas que morrem são levadas ao Meikai para receberem seu julgamento final. Mas existem formas de se entrar vivo no mundo de Hades, para uma exatidão melhor, existem duas formas: Possuir um grande poder a altura dos deuses de transceder suas almas livremente para dentro e fora de seus corpos ou possuir em seu corpo um artefato feito por Hades ou algum de seus discípulos diretos, este artefato protege a alma e o corpo de seu usuário. Se alguém tenta atravessar um portal para o Meikai vivo, sua alma é rapidamente arrancada de seu corpo e ambos se perdem para sempre, este poderoso artefato protege a pessoa desse traumático processo.
Como não é impossível derrotar um discípulo de Hades, que são em sua maioria semi-deuses, àqueles que conseguiram um artefato usando a força ou, que por meio de algum milagre, alcançaram o estado de transcedência espiritual e chegaram ao Meikai não conseguiram seu objetivo principal. Hades ficou extramemente desapontado com tal egoísmo e petulância dos homens, que tentaram forçá-lo a dar-lhes a vida eterna, castigando rapidamente e indolosamente estes seres invasores, pois ainda possuia piedade e não queria que eles sofressem naquele momento, Hades também julgou pessoalmente estas almas, que geralmente são julgadas por um dos 3 juízes Minos, Aeacus ou Rhadamanthys mandando-as ao Tártaro, local de sofrimento e punições ou aos Campos Elísios, lugar onde se passava uma além-vida próspera, prazerosa e até mesmo feliz. A única lição que se tirou deste episódio foram relatos dos invasores que diziam “Para continuar no Meikai é necessário passar pelo teste da honestidade e não negar seus erros; então aqueles que forem justos consigo e com seus inimigos e aqueles que tiverem honra em sua vida, seguirão o caminho certo. OS que forem apenas honestos e se deparam com o caos acabam sendo sacrificados passando pelo caminho mais árduo. Os que não souberem admitir a honestidade em suas vidas encontrarão apenas a morte.”
Acredita-se, que o Meikai encontra-se próximo ao núcleo do planeta, e que, percorrendo longos labirintos e cavernas subterrâneas pode-se chegar à entrada do mundo de Hades. Porém, sua localização apresenta mais uma grande dificuldade aos seres vivos: devido a proximidade do núcleo, o local desta entrada é extramemente quente e habitado somente por monstros adaptados a este calor, fogo e lava não são raros na paisagem anterior a entrada do Meikai.
O nome de Hades significa “O Invisível”, pois ele possuia um elmo que lhe fornecia esta qualidade, mas uma vez em um confronto com mortais ele perdeu a posse deste artefato. Hades também possui outros nomes, um deles é Plutão, o Rico. O caminho dos mortos possui muitos tesouros, caso se consiga atravessá-lo com vida, até mesmo Hades pode distribuir algum tipo de riquezas se algum ser for capaz de agradá-lo. Assim, mais uma vez organizaram-se pequenos exércitos em busca de uma entrada para o Meikai.
Capítulo VIII: A Restauração da Esperança
Finalmente um poderoso guerreiro chamado Loc conseguiu derrotar Hades. O grande Senhor do Meikai percebeu que ainda existia inocência, bondade e compaixão no coração dos humanos, sua confiança havia sido reconquistada. E não havia nada a fazer fora atender o pedido desta raça tão peculiar, mas Hades percebeu um problema, ele não poderia trazer Lorde British de volta à vida tão facilmente! Essa atitude poderia gerar um caos ainda maior do que o já existente no mundo. Os humanos intrigados com esta informação logo se indagaram como isso seria possível, uma vez que Lorde British era um ser dotado apenas de uma pureza inigualável e de uma bondade infinita. Hades com sua enorme sabedoria e paciência lhes respondeu que era exatamente este o motivo pelo qual Lorde British geraria problemas, ele possuia APENAS bondade e compaixão! Nada neste mundo, melhor dizendo, nada neste universo funciona sem equilíbrio, devido a Ying e Yang! Este princípio explica que tudo funciona por causa de Ying e Yang, que são energias opostas sempre em movimento, e seu símbolo indica esta constante troca das duas energias. Ying representa a escuridão, o frio, a fraqueza; enquanto Yang representa o oposto disso, a luz, o calor, e a força! Hades explicou que, para trazer Lorde British, que seria Yang, de volta à vida, precisaria trazer também seu Ying, Lorde Blackthorn… então Hades tinha apenas uma pergunta para os humanos, se eles estariam dispostos a permitir que ambos fossem trazidos de volta, ou se preferiam o mundo como estava.
Devido a dificuldade da pergunta, Hades concedeu uma semana para que eles pensasem, ao final deste período ele os visitaria em Britannia para saber a resposta. Então desejou sorte e sabedoria na escolha!
Hades garantiu que os homens que ali estavam retornassem em segurança para o mundo dos vivos. No entanto, estes homens sentiram-se simplesmente perdidos e não sabiam se deveriam aceitar que Lorde Blackthorn também voltasse a viver, se realmente aquele equílibrio do qual Hades falou era verdade, mas no fim, podia haver apenas uma decisão, a decisão que muitos esperavam e temiam não haver outra opção. O fato de que Blackthorn também deveria retornar não anulava a grande necessidade da presença de British I em Britannia novamente, somente ele poderia restaurar o que havia sido perdido, mas o trabalho seria mais díficil, pois além de restaurar Britannia, British precisaria conter as forças de Blackthorn novamente.
Para surpresa de Hades, os humanos haviam tomado uma decisão antes do tempo, uma decisão que se esperava ser a melhor e mais sábia, pois não foi fácil escolhê-la. Então, quando chegou o sétimo dia após a batalha com Hades, ele os visitou no castelo de Lorde British dizendo-lhes:
– Muito bem, eu já sei qual a escolha de vocês, e gostaria de dizer que fiquei surpreso com a velocidade em que vocês decidiram, mas mesmo assim, preciso ouvir de vocês o que devo fazer.
Os homens ali presentes olharam-se, um deles deu alguns passos a frente, ajoelhando-se disse:
– Senhor Hades, nós suplicamo-lhe com humildade que traga duas almas de volta, almas que foram para o seu mundo e lá descansam uma nos Campos Elísios e outra no Tártaro, leve estas almas de volta a seus corpos e tragá-lhes de volta à vida, as almas de Lorde British e Lorde Blackthorn.
– Tudo bem, que assim seja feito então. Ao fim do dia, estes dois seres estarão andando por Britannia novamente, e trarão o equilíbrio de volta ao mundo em seu devido tempo. Boa sorte mortais! – Replicou Hades.
E desta forma, como prometido por Hades, British e Blackthorn voltaram a viver! Ambos estranharam e sentiram-se perdidos, mas logo foram acolhidos por seus respectivos seguidores que explicaram o que acontera, e rapidamente retornaram a suas atividades normais. Lorde British, junto de seu filho que agora estava muito feliz, começou a cuidar da restauração, e Lorde Blackthorn iniciou a reconstrução de seu império. Assim, mais uma era chega ao fim na história do mundo e uma nova começa, a Era da Restauração, onde British tenta recompor Britannia, e Blackthorn vaga livre reunindo seus seguidores. Mais uma vez, esperava-se um futuro promissor para esta Era da Restauração, ressurgindo a esperança de Britannia.