Capítulo I: Gênese
Houve uma época em que Sosaria era apenas uma terra virgem, onde o deus Aniduum vagava com desgosto, pois lá nada existia! Então, em um momento de inspiração Aniduum se utiliza de seu infinito poder e começa a alterar a paisagem de Sosaria, fazendo com que passasse a existir algo que pudesse ser chamado de paisagem. Surgiram assim oceanos, montanhas, grande pedaços de terra, árvores e plantas.
Mas Aniduum pensou que aquilo não era suficiente para preencher o antigo vazio, era necessário seres vivos e capazes de interagir uns com os outros e com toda aquela paisagem. Desta forma ele criou as mais variadas criaturas, algumas que sabiam voar, outras que conseguiam permanecer muito tempo em baixo d’água, até mesmo umas que nem podiam sair de dentro dela… e assim chamou os seres deste vasto grupo de animais!
Agora, tudo parecia perfeito e Aniduum sentiu-se muito satisfeito por algumas centenas de anos. Até que chegou o momento que ele percebeu faltar algo… aquelas belas criaturas corriam, nadavam e voavam livremente por Sosaria, algumas formavam pequenas comunidades, outras circulavam solitárias mas todas eram parte de uma beleza inigualável! Aniduum precisava de alguém ao seu lado que pudesse pensar como ele, que compartilha-se de seus grandes racocínio e inteligência.
Então, Aniduum esforçando-se mais do que em qualquer outro momento foi capaz de dividir seu poder em dois e dar vida a sua maior criação, um ser de infinita fidalguia que recebeu o nome de Nobleheart, em um gesto de total confiança Aniduum proveu Nobleheart com o maior dos bens que um ser pode possuir, o livre arbítrio.
A partir daí, Aniduum e Nobleheart, que agora consideravam-se irmãos, conviveram em enorme alegria por milhares de anos. Estes seres divinos utilizavam em comunhão o grande poder que possuiam e Sosaria tornava-se cada vez mais bela e povoada de maravilhas. No entanto, Aniduum continuava com a sensação de que faltava algo muito importante, e após muito tempo de reflexão ele percebera o que faltava em Sosaria: criaturas dotadas de superior inteligência que pudessem desfrutar tudo o que fora gerado, e em mais um instante de enorme inspiração Aniduum concebeu o que viria a ser sua mais amada criação: os humanos. Finalizando assim a Era da Gênese que durou cerca de 6 milhares de anos.
Capítulo II: Morphosis
Uma nova era iniciou-se marcada pelo ciúme. Nobleheart sentia-se injustiçado pois após todo seu esforço e tudo o que ele fizera, Aniduum preferiu criar um novo ser muito inferior em poder, ao qual dedicava agora todo o seu tempo.
Nobleheart tomado daquele estranho sentimento não mais gerava florestas e campos verdes, seu poder era o causador do surgimento de crateras que permitiam as rochas liquídas do centro de Sosaria chegar a superfície, enormes cavernas mofadas e escuras passaram a servir de moradia para novos animais grotescos e bizarros… tudo isso para chamar a atenção de seu amado irmão. Anidumm tentava ageitar toda aquela balbúrdia que Nobleheart causava, no entanto seus poderes eram equiparados e novos locais obscuros não cessavam em aparecer.
Então os primeiros séculos dos humanos foram marcados pelas constantes mudanças nas paisagens de Sosaria, eles chamaram esta época como a Era metamórfica. Em questão de dias montes verdes se transformavam em picos negros e o coração de Nobleheart também se alterava conforme seu ódio pelos humanos crescia.
Nobleheart percebeu que eles tinham uma enorme capacidade de adaptação e que mesmo com todas as alterações os filhos de Aniduum sobreviviam e não se deixavam intimidar. Aniduum extramemente orgulhoso de sua criação também não se intimidava com as atitudes de seu antigo amigo. Foi assim que Nobleheart também teve seu momento de inspiração e criou uma nova raça pensante que pudesse se opor aos humanos e um dia pudessem vir a tomar seu lugar em Sosaria, eram os orcs.
Houve então uma acirrada discussão entre Nobleheart e Aniduum, que condenou a última atitude de seu irmão. Finalmente os dois seres deixaram de conviver juntos em sua morada nos céus e Nobleheart fez das profundezas de Sosaria sua nova residência. Ainda esbanjando muito poder e criatividade Nobleheart fez novos seres para proteger seu castelo, poderosos demônios alcunhados de Balrons. Os primeiros a serem criados seriam conhecidos mais tarde como os Ancient Balrons, os mais poderosos de todos.
Durante muito tempo os humanos não mais foram atormentados, ao mesmo passo em que os orcs se desenvolviam e se multiplicavam. Aniduum acreditava que Nobleheart não estava mais tomado pela insanidade e também descansou em sua morada observando Sosaria de longe. Foi durante esta pacífica época que os humanos se espalharam nos mais diversos terrenos, diz-se até que foram por causa deles que uma nova raça pensante havia surgido, os elfos. Em certos ambientes nasciam humanos com características diferentes e junto da influência mágica nasciam estes seres chamados elfos. Logo as duas raças se separaram e seguiram caminhos diferentes, os elfos se auto consideravam uma evolução dos humanos, pois sua sabedoria era enorme e eles eram um povo muito mais pacífico, eles permaneceram neutros e tardaria até que eles aparecessem novamente na história de Sosaria e fizessem parte dela.
Enquanto isso, o poderoso irmão de Aniduum estava povoando cavernas e pântanos com criaturas maléficas como cyclops, homens lagarto, entre outros.
Os humanos, por serem mais inteligentes e desenvolvidos estavam em vantagem nos pequenos focos bélicos que surgiam contra os orcs por toda Sosaria, tendo noção desta desvantagem Nobleheart gasta um enorme poder fazendo surgir a mais inteligente, ágil e feroz criatura jamais vista em toda Sosaria: os dragões. Marcando assim, a completa metamorfose do antes nobre coração no mais obscuro de todos finalizando mais uma era.
Capítulo III: A Era dos Dragões
Estes novos seres mudaram a história de Sosaria e em seus corpos mágicos eles destruiam todos os locais por onde passavam e dizimavam os humanos que encontravam.
Aniduum ficou impressionado com a perfeição dos dragões e não tinha mais forças para contrapô-los. Resolveu então utilizar a grande inteligência deles em seu favor e o mais poderoso de todos os dragões, Granamir, percebeu a loucura de Nobleheart e se juntou à causa de Aniduum. Junto de Granamir vieram diversos dragões desertores e com isso iniciou-se a Era dos dragões marcada por batalhas épicas que afetaram imensamente toda Sosaria.
Muitos humanos e orcs se especializaram em batalhar contra estes seres, várias vidas foram perdidas quando ocorriam combates entre estas raças. No entanto, diversos humanos foram bem sucedidos em desenvolver a caça de dragões e eles ajudavam os seguidores de Granamir, alguns orcs também foram capazes de se organizar em grupos e matavam aqueles que apoiavam Granamir.
Existia entre os humanos uma lenda de um dragão especial e muito poderoso, ele era até mesmo considerado uma aberração e era de conhecimento de todos que incitar este dragão era um erro, do qual se comete apenas uma vez.
Nas profundezas da Caverna de Fogo existia uma passagem mítica, que levaria ao encontro do dragão que alguns ousavam dizer ser mais forte que Granamir. Logo após esta passagem, havia um sumptuoso e macabro túmulo onde vagavam esqueletos humanos.
A lenda diz que nunca nenhum aventureiro foi capaz de sequer enconstar em tal dragão, conhecido como o Dragão de Magma, mas a maior parte dos que tentavam confrontá-lo morriam antes mesmo de se deparar com ele, pois o enorme calor do local era mais do que um humano consegue suportar.
Mesmo com todo este conhecimento, isso não é o que mais assustava os humanos, mas sim uma estranha e única habilidade que o Dragão de Magma possuía. Ele era capaz de se movimentar livremente sob o solo, com uma fantástica agilidade e como se fizesse parte mesmo.
Dois poderosos guerreiros treinados desde sua infância para derrotar dragões resolveram sair em busca do Dragão de Magma querendo derrotá-lo e ao mesmo tempo adquirir suas riquezas e colaborar com Granamir, a insistência e orgulho deles não permitiu que eles pedissem ajuda a nenhum outro dragão. Assim Ratão e Death seguiram bravamente para a Caverna de Fogo. Aonde quer que eles fossem era possível escutar os ruídos do dragão, e quanto mais eles procuravam a passagem maior era o calor. Destruir os monstros inferiores do local foi de relativa facilidade mas eles não encontravam a passagem. Depois de horas de procura e após terem eliminado todos os seres maléficos Death encontrara algo enquanto Ratão estava absorto.
Death ao lado de seu companheiro aponta para uma runa presa ao centro da cabeça de uma estátua de um dragão. Parecia que eles haviam encontrado a passagem e por alguns instantes hesitaram em continuar, pois não seria possível abrir um portal mágico a partir daquela runa… se quisessem continuar teriam a oportunidade apenas de ir! Então ambos decidiram usar suas habilidades de se transportar através de runas mágicas, eles chegaram até ali e não viam motivos para retornar.
Ao chegarem no destino da runa, era possível escutar a respiração do Dragão de Magma. Após alguns passos eles avistaram um templo macabro e o cheiro era terrível, carniças e esqueletos humanos estavam por toda a parte. Conforme se aproximavam do templo o calor aumentava imensamente e os dois guerreiros decidiram retirar suas armaduras e uma parte do peso que carregavam, seguiram o corredor que ficava cada vez mais escuro de encontro ao dragão. Após uma longa caminhada foi possível avistar uma luz, Death e Ratão perceberam que a única luminosidade do local era emanada pelo próprio Dragão de Magma.
O dragão se aproxima dos aventureiros que se assutam com a terrível aparência dele. Ele era muito alto e magro e suas escamas pareciam brasas incandescentes, como o magma de um vulcão. Podia-se notar que em suas veias corriam fluídos de rocha.
Death e Ratão por um momento hesitaram em batalhar, os três permaneceram estáticos por alguns minutos, em seguida os aventureiros equiparam suas poderosas armas forjadas a partir do mytheril e começaram uma longa luta com aquele dragão. Ele desviava com grande velocidade de todos os golpes e tiros que Ratão e Death desferiam, o dragão constantemente mergulhava no solo e em seguida reaparecia e nem mesmo as armadilhas colocadas pelos guerreiros eram capazes de ferí-lo.
A luta permaneceu desta forma por algumas horas até que em certo momento o Dragão de Magma se cansou do que para ele era apenas uma brincadeira e deu um mergulho. Ele ressurgiu em baixo de Death o segurou com suas garras envoltas em chamas, queimando todo o corpo de Death.
Em um momento de descontrole vendo seu amigo prestes a ser morto, Ratão invoca a mais poderosa magia que possui perdendo a consciência de quem é seu oponente. O grande fogo invocado por todas as energias de Ratão surpreendentemente foi capaz de ferir o Dragão de Magma que soltou Death! Começou assim uma estranha reação entre a magia de Ratão e o corpo do dragão, que mais uma vez mergulhou no solo e tentava escapar da morte, pois ele sentia que seu corpo estava começando a se tornar mais rígido e seu sangue estava se solidificando! Mas a reação continuava e nem mesmo o enorme calor do centro de Sosaria era capaz de salvar o Dragão de Magma. O encontro do magma de Sosaria com o corpo do dragão e a magia de Ratão resultou na expansão da reação que estava acontecendo, e assim surgiu um novo metal que se espalhou por todo o mundo.
A partir deste dia, humanos e orcs começaram a encontrar este novo material em suas minas, e conhecendo a lenda dos aventureiros Ratão e Death passaram a chamar aquele metal de magma, mas poderoso até mesmo que o mytheril.
Esta foi a maior influência que ocorreu na Era dos dragões, e agora os humanos e orcs de classes mais elevadas possuíam os melhores equipamentos, e as guerras entre as raças tornava-se mais intensa. Continuavam também os conflitos entre os dragões seguidores de Nobleheart e os que apoiavam Aniduum. Durando algumas centenas de anos, a guerra favoreceu o segundo grupo, assim todos os dragões sobreviventes se isolaram em cavernas aguardando uma próxima era.
Capítulo IV: Blackthorn e British
Aniduum mais uma vez havia prevalecido sobre Nobleheart que já expurgara qualquer sentimento de bondade e de gratidão em seu coração, que agora negro, frio e pontiagudo como um espinho. E depois da Era dos dragões Noblheart passou a se chamar Blackthorn e jurou destruir tudo o que Anidumm criou, em especial os humanos.
Blackthorn recomeçou a erguer exércitos e reunir alguns dragões. Mas agora, mais experiente, Blackthorn sabia que o coração dos humanos era facilmente corruptível. Então, até mesmo alguns humanos já adoravam o deus Blackthorn, e o tinham como o único deus.
Enquanto isso, Aniduum precisava de toda a ajuda possível para reestabelecer a ordem em Sosaria e assim gerou mais três entidades divinas diminuindo ainda mais seu poder devido ao grande esforço necessário. Estas três entidades seriam responsáveis pela manutenção de Sosaria: uma pelos oceanos e suas criaturas; outra pelos que habitam a terra e nela caminham, também as que voam sobre ela; e uma terceira entidade que daria julgamento e destino às almas dos pobres seres que perdiam suas vidas todos os dias em confrontos sem sentido. Os três são respectivamente Poseidon, Zeus e Hades.
Havia uma pequena cidade sem lei onde habitava um implacável assassino, chamado Loky. Ele era um dos humanos que adoravam Blackthorn e estava a frente de seus seguidores em Sosaria, seu fanatismo e devoção chamou a atenção de seu deus que lhe concedeu idade imutável e a capacidade de controlar diversas criaturas bizarras. Assim Loky era agora dono de um grande poder e começou a ser conhecido como o próprio Blackthorn, recebendo o título de Lorde.
Em meio às lutas desesperadoras que estavam sendo travadas em Sosaria, em que Lorde Blackthorn comandava sem piededa os exércitos de humanos e orcs surgiu um jovem paladino de bravura incomensurável adorador de Aniduum que, ao contrário de muitos, resistia com grande coragem e nunca fugia de uma batalha. Este paladino, chamado Jason British, fazia parte do exército da cidade capital Agnul que graças a ele foi capaz de resistir por muitos meses as investidas de Lorde Blackthorn, que por sua vez teve que recuar.
Filho de servos pobres, Jason British aprendeu tudo o que sabia sendo escudeiro dos nobres, que agora se escondiam enquanto o menino de apenas 15 anos fazia frente ao poderoso exército negro. Sua liderança nata e sua coragem inspiravam seus companheiros, e até mesmo as grandes patentes do exército de Agnul tinham grande respeito por Jason que viria a receber o título de Lorde.
Após o recuo das forças de Lorde Blackthorne, Aniduum o reconheçeu como messias e herói, digno de ser Rei, oferecendo-o o mesmo poder de Lorde Blackthorne para que Jason pudesse assim equiparar suas forças com o seu inimigo. Assim, Jason, também com idade imutável, passou a ser conhecido como Lorde British começando seu reinado sob a luz da esperança. Os humanos, nesta Era da Esperança, viam em Lorde British a única possibilidade de salvar Sosaria e assim, em homenagem ao seu governante foi proposta a mudança do nome da capital Agnul para Britain.
Capítulo V: Os Cavaleiros do Apocalipse
O Deus Blackthorn sabia que não mais conseguiria derrotar seu irmão em combates entre eles ou entre os seres criados por ambos. Ele tinha noção exata de seu poder e mesmo com Lorde Blackthorn comandando o lado negro de Sosaria era necessário algo mais, Deus Blackthorn precisava achar uma maneira de derrotar Aniduum.
Ele procurou a força para sobrepujar seu criador nos únicos seres dos quais Aniduum não tinha controle, pois diziam respeito às próprias fundações da existência: os elementais. Deus Blackthorn deveria se apressar, pois Aniduum logo descobriria.
Enquanto isso a cidade de Britain evoluia, sob o reinado carismático e inteligente de Lorde British, assim como Sosaria.
Cidades como Minoc, localizada no lugar de um antigo vilarejo chamado Kendamin, trazia muitos forasteiros devido às suas riquezas; os magos reservaram uma cidade insular cujo brilho da lua a tocava de forma mágica, assim a antiga região Litúnia fora chamada de Moonglow; Reportunus que teve seu nome mudado para Vesper é conhecida hoje por seu seus brilhantes alquimistas; Insagne que foi renomeada para Trinsic é hoje a cidade onde estão muitos comerciantes e feiras; além de Dualahas que se tornou Skara Brae; Camparto agora era Yew; Ignude passou a se chamar Mangincia; Romaic foi rebatizada como Jehlom e Ocllo, antigamente Oldin, são a prova desta evolução e representavam também uma nova esperança do povo, que renomeou suas cidades em busca de novos tempos.
Mesmo assim, como em todos os reinos, havia ladrões e assassinos e então pequenos grupos começaram a se organizar fundando diversas guildas que viriam a ser famosas, algumas como CGM, Facção, BD, Unnameds, Sod e CdS.
Mas esta Era da Esperança estava prestes a terminar… o terror viria tomar conta do mundo como nunca antes! Em sua fortaleza, Agband, Deus Blackthorne realizava sua maior criação. Ele colocou toda sua maldade e poder em quatro artefatos mágicos. Utilizando o elemental do fogo e da terra e extraindo a essência do caos e da morte Deus Blackthorne foi capaz de criar quatro Armaduras Elementais, cujos poderes eram inimagináveis aos humanos com magias comparadas somente a dos deuses. E como donos destas Armaduras ele escolheu os melhores entre os mais insatisfeitos com o reinado de Lorde British, os mais revoltados e poderesos humanos transformando-os em semi-deuses.
Para o mais poderoso da guilda BD, um cavaleiro chamado Ghost foi entregue a Armadura do Fogo. O mestre da guilda Unnameds, Kung Lao, recebeu a Armadura do Caos. Espectro, líder da guilda SoD foi presenteado com a Armadura da Terra. Por fim, a Armadura da Morte ficou sob a posse de seu mais poderoso filho, Lorde Blackthorn.
Estes quatro terríveis guerreiros, agora chamados de Cavaleiros do Apocalipse iniciavam a Era Apocalíptica, os arautos de Deus Blackthorn caíram como pragas em uma Sosaria desprotegida. As Armaduras da Terra e do Fogo faziam estragos incomensuráveis, enquanto a do Caos trazia a loucura para os corações dos homens bons e finalmente a da Morte lhes tirava o que restava de suas pobres vidas. Nem mesmo Lorde British estava conseguindo conter o poder das Armaduras Elementais, ele próprio já estava muito ferido para lutar e em uma última prece para seu Deus Aniduum ele pediu para livrar o povo de mais esse mal.
Capítulo VI: A Lenda Nasce
Em seu leito de morte, Jason British sente-se erguido por uma luz brilhante, como em um sonho ele se vê deitado e à sua frente um majestoso trono onde se encontra o Deus Aniduum.
– Pai! – Diz Jason.
– Guarde suas forças meu filho, você irá precisar! Eu lhe trouxe aqui para passar uma última tarefa. – Diz Aniduum.
– Sim, meu pai…
– Meu irmão Blackthorn está descontrolado, usou a própria essência de seu ser para criar artefatos poderosíssimos, desta forma ele causou um total desequilíbrio em nosso mundo! Terei que usar o restante de meu poder para mantê-lo longe de Sosaria para sempre, e assim evitar que ele e sua maldade destruam tudo de belo que os homens criaram.
– Entendo, mas pai… as forças de Deus Blackthorn são enormes, irei sucumbir brevemente!
– Por isso – diz Aniduum – vou usar minhas últimas forças para criar mais quatro Armaduras, para que você possa combater Lorde Blackthorne e vencê-lo.
– Sim meu pai! Se este é seu desejo o apoiarei até o fim de minha vida!
Então, Deus Aniduum utilizando todo o seu poder e arriscando o colapso de todo o universo cria outras quatro Armaduras Elementais, com as mesmas qualidades das criadas por Deus Blackthorn. Foram utilizados os elementais do Ar e da Água, e da Ordem e da Vida foi de onde ele buscou a essência necessária.
– Vá meu filho, e escolha de forma sábia seus companheiros nessa última batalha.
– Pela minha vida e de meu povo, prometo que não falharei!
Em um piscar de olhos, Lorde British encontrava-se vestido com a Armadura da Vida e as outras três armaduras ao seu redor. Ele ajoelhou-se e rezou mais uma vez. Nunca mais viu-se ou ouviu-se falar de Aniduum, assim como o Deus Blackthorn. Alguns dizem que que Aniduum sustenta o universo para que este não entre em colapso mantendo Deus Blackthorn preso em um buraco negro.
Jason British escolhe os três líderes de suas tropas de elite, a CdS, CGM e Facção. HellBastard recebe a Armadura da Ordem. Ao Sr. Craice é confiada a Armadura da Água. Finalmente, a Armadura do Ar fica sob os cuidados de Damiani.
Assim, dando continuidade a Era Apocalíptica, começava a lendária Guerra das Armaduras Elementais.
Capítulo VII: Apocalipse, o Fim dos Tempos
Os anos que se seguiram foram negros, enquanto a população tentava viver suas vidas, uma guerra entre elementais sacudia os pilares de Sosaria. Ghost fazia vulcões entrarem em erupção causando milhares de mortes, enquanto Sr. Craice criava enchentes para deter a progressão da lava. Geralmente montanhas eram criadas e tornados invadiam cidades quando Espectro e Damiani se enfrentavam.
O mundo estava virando pelo avesso, enquanto o Caos e a Ordem se alternavam no poder e a infinita batalha entre a Vida e a Morte continuava.
Em meio a todo o tormento, guildas de assassinos apoiavam os Cavaleiros do Apocalipse e contribuíam para o terror que assolava Sosaria.
Mas as elites de Britain com forças de seus próprios cavaleiros restauravam a paz e a ordem quando passavam pelos locais atingidos pela Guerra e assim também surgiam muitas guildas que apoiavam Lorde British.
Estes foram tempos sombrios em que batalhas homéricas deixariam marcas por muitos séculos. Assim a Guerra não tinha trégua, quando soldados dos dois lados se degladiavam por toda Sosaria, em todo local se via alguém lutando contra outro de ideologia oposta. As guildas jogavam suas melhores fichas e as batalhas eram deveras sangrentas.
Esta foi a mais intensa fase de toda a história, alguns dizem que lendas foram criadas nestes tempos, e que verdadeiros heróis surgiram, de qualquer forma foi a mais famosa parte da história de Sosaria, e são poucos os que viveram essa época que sabem e compreendem tudo isso, quando guildas eram guildas e não apenas um amontoado de gente.
No final as alianças forma desfeitas, umas mudando de lado e outras saindo da Guerra. Mas a batalha já se estendia por longos anos e Sosaria já não mais suportava o conflito. E foi nos pântanos de Trinsic que a existência cobrou seu preço pelos poderes das Armaduras.
A primeira e única vez que os oito Cavaleiros travaram uma batalha juntos e ao mesmo tempo, a terra tremeu, o ar ficou rarefeito, o sol sumiu ficou escondido por causa da névoa, a respiração era difícil, peixes morriam e uma sombra cobriu Britannia. Houve uma grande explosão, vista e ouvida em todos os cantos do mundo.