O Surgimento do Magma

O Dragão de Magma

Muitos não sabiam se era uma aberração, uma espécie de inseto, ou mesmo um dragão, mas todos sabiam que brincar com ele era um erro, do qual só se comete uma vez.
No subsolo da Caverna de Fogo existia uma passagem mística, na qual dava de encontro ao que muitos ainda diziam ser o dragão mais forte de todas as eras de Britain, logo depois desta passagem levava a um tumulo macabro, e nele podia-se notar caveiras humanas por todas as partes. Diz a lenda que nunca nenhum dos aventureiros que tentaram acabar com o dragão conseguiram ao menos toca-lo, por sua agilidade fora de comparação, muitas das vezes nem era o dragão quem derrubava seu oponente, o próprio calor do templo fazia com que um humano não suportasse por muito tempo. Mas estas não eram as características que mais assustavam os aventureiros, o Dragão de Magma tinha uma curiosidade assustadora, ele possuia a estranha habilidade de se movimentar sobre o solo, com uma agilidade fantástica.

– Pô Ratão! Agora que você vem me dizer que não vai com reagente?
– Ah, não irei precisar disso, também não sou muito bom com magias, esse dragão não deve ter nada de diferente dentre esses que já derrubamos, a única diferença é que esses têm mais itens perdidos poderosos, por falta de sorte dos aventureiros, ou melhor, sorte nossa que ficaremos ricos e mais poderosos.
– Hahah, como você e tolo e comico. Você vai matar o dragão na espadada? Acha que a sua espada longa vai ferir o dragão místico? Death fala isso abrindo um portal para Minoc (Cidade Comercial)
– Entre e compre seus reagentes com Fausto, volte rápido Ok? Eu não vou por que… você sabe, sou procurado pelos homens de British.
Ratão olha com cara de desprezo para o amigo e entra no Portal.

Ratão compra os reagentes e se prepara para ir para a Caverna de Fogo. Death sempre muito concentrado era o único que sabia que aquela não seria uma jornada qualquer. Ambos eram muito experientes, não demoraram muito para se preparar, checaram se não faltara nada e abriram o Portal para a entrada da Caverna de Fogo.
Os dois entram na Caverna, destruindo todos os seres que ali ficavam, com facilidade e com muita rapidez, mas sempre procurando tal passagem.
– Caramba, da para agente correr menos? Está quente aqui! Diz Ratão se abanando.
– Procure apenas! E não reclame tanto, e cuidado com esse elemental do fogo atrás de você.
“Tusshin!”
– E você dizendo da minha espada longa, até Homem Tocha cai! hahahah
Os dois amigos destruíram todos os monstros do local, e não encontraram nada de passagem, mas, em todo caminho dava-se para ouvir barulhos do dragão, e pelos sons percebia-se que o tamanho do monstro não era nada razoável.
Depois de tanto procurar, encontraram algo que talvez eles mesmos não quisessem encontrar.

– Ratão pare de lutar contra este Ettin, venha olhar o que eu encontrei.
– “An Exp Por”, sim, sim! Já estou indo.
– Olhe para isto. Diz Death, demonstrando uma Runa presa ao centro da cabeça de uma estátua de um dragão.
– É, você encontrou, mas, se você pode escutar os sons do dragão, acredito que é melhor voltarmos, não vale a pena.
Death tentando retirar inutilmente a runa do dragão à explosões, diz:
– Não seja tolo, viemos aqui para pegar essas riquezas e não voltaremos sem elas.
Ao ver que era inútil a retirada da runa, os dois ficaram alguns minutos em silencio.
– Death, nós temos que usar a runa aonde ela está mesmo, com teleporte, nada de portal, uma ida sem volta.
– “Kal Ort Por”. Death usa a runa.
– É um prepotente! “Kal or Port”

Os dois, escutando a respiração do dragão, olham para os lados, vendo um templo macabro, o cheiro era terrível, carniças, esqueletos humanos por todas as partes.
Devido ao calor insuportável, os dois retiraram as suas armaduras e seguiram o escuro corredor a encontro do dragão, quanto mais eles adentram o corredor, mais escuro fica.
– Nossa, não estou vendo nada! Assim somos presas fáceis demais.
– Acho que devemos voltar. Ratão fala, já abrindo o seu livro de runas, mas algo estava errado, O livro não estava funcionando.
– Droga! Droga! Droga! Estamos presos a…
– Cale-se! Eu já esperava por isto, olhe ali, posso ver uma luz, lá esta o dragão! Death apontando para uma luz que parecia vir de uma brasa.
– HAHAHAHAHAH. Escuta-se uma risada grave e metálica.
A única luminosidade vinda do templo era do Próprio dragão, logo quando mais eles iam de encontro a ele, mais iluminado ficava o local.
– Tolos, Tolos! mil vezes tolos! Vocês irão ver onde irão parar seus desejos por aventuras. O Dragão se aproximando dos dois lentamente, com uma postura bastante prepotente.

Quando o Dragão chega a uns 30 metros dos aventureiros, estes se assustam com sua aparência, era um dragão magro, mas muito alto, sua pele era luminosa pois, ela não passava de uma brasa, como o magma de um vulcão, podia-se notar que as suas veias passavam fluidos de fogo. Sua cabeça como magma se movimentava de forma liquida, meio plasmática.

– Será que realmente temos que lutar? Alega Ratão, olhando para Death com uma cara conformada.
– Não fale muito, apenas olhe para ele. Diz death tirando o seu Arco de Mithryl (O melhor arco daquela época).
Os dois permanecem parados por 5 minutos, o dragão também permanece sem um único movimento.

– Será que ele morreu? Diz Ratão.
Death lentamente mira o arco na cabeça do Dragão, e atira.

O dragão desvia com velocidade e mergulha por baixo da terra, logo, breu total.
Os dois aventureiros eram muito experientes, cercaram todo local de armadilhas tanto como para paralisar como também para envenenar, tudo em vão, o Dragão ao lançar chamas por todos lados, passava como queria nas armadilhas dos aventureiros.
A luta manteve-se por uns trinta minutos e estava difícil para Death e seu amigo, principalmente porque o dragão sempre aparecia e desaparecia em meio ao solo.
Até uma hora em que, voando, o dragão diz:

– Cansei de vocês! Perdeu a graça!
O Dragão novamente mergulha ao solo.

O breu manteve-se por algum tempo, mas, de repente como num susto o dragão sobe em cima de Death, de baixo para cima agarra seu corpo, e o prende em seus dentes.
Ratão em um momento de descontrole, vendo seu amigo perdido, faz aquilo que havia prometido não fazer, perdendo a consciência de quem era seu oponente, invoca o fogo com todas as suas energias, em uma tentativa de queimar as chamas com o próprio fogo, uma tentativa louca e desesperada.
Por mais estranho que possa parecer, a visão de ver o seu amigo à beira da morte, fez com que o golpe fosse tão forte que o próprio fogo começasse a se solidificar.
O dragão soltou Death, que caiu inconsciente, devido à própria chama de seu amigo e os rasgos que o dragão conseguiu fazer em seu corpo.
O dragão andava estranhamente, sua pele começou a trincar, seus olhos a brilhar, numa tentativa de fuga, penetra nas profundezas da terra o máximo que o seu corpo podia suportar. Mais nada podia ser feito, mesmo estando em meio ao magma, sua pele trincava e seu sangue se solidificava, uma curiosidade aconteceu com isso, o magma, ao encontrar com o sangue do dragão formou uma reação mágica, um novo material nascia ali, tal reação se espalhou por toda Britain, atualmente pode-se encontrar fragmentos deste poder em certas rochas, das quais muitos chamaram de magma.

Comments are closed.